A flor repousava na ebriedade da loucura. Gotas de orvalho abriam a terra. Um sonho. Adoraria continuar. O grande relógio a despertou.
Folhas imensas abraçaram o solo úmido. Curvaram-se à passagem do mestre que, ternamente, acariciou as pétalas abertas. O trote dos cavalos não o incomodou. Sentia-se ausente.
A paisagem cantava agora com todo o vigor. As raízes desentranharam-se e puseram-se a correr desvairadas.
A flor alcançou a montanha. Impulsionada pelo sol, chegou ao topo. Lá estava a pedra. As mudas esticaram-se alegres.
Iniciaram-se as danças. Ao redor o rebuliço das provas. Uma a uma foram depositadas. O sorteio foi repentino.
Aos poucos o ar tornou-se sereno. Era o modo errante das filerias que esvaia o mistério. Pelas arestas, as piadas inúteis.
Pouco a pouco destacaram-se as obras reais. Vinham tímidas, porém rígidas. O dourado em fosco e o negro em luz. Anéis entrelaçados.
Os incumbidos fizeram a retirada. Sentiam a honra da tarefa como um milagre do tempo.
A felicidade dos poucos entronados expirava trágica. Ao inverter o rumo da fonte, o silêncio vislumbrou a jarra. Por pouco, os santos cresceram perdidos. A ameaça da lua coroou a banda.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário